A ilusão da vida perfeita nos torna incapazes de fazer escolhas

Uma das perguntas que eu mais escuto: eu aceito isso ou tento mudar?
Como saber diferenciar as coisas que a gente tem que ter coragem para transformar e aquelas que são chances pra gente exercitar a tal aceitação?
É claro que essa não é uma questão simples.

Primeiro, porque coragem não uma coisa que a gente simplesmente escolhe ter ou não ter.
“Criar coragem” é uma frase que não faz muito sentido.
Segundo, porque aceitação não é uma pílula que a gente engole e de repente foi, aceitei.
A aceitação é um processo, com uma temporalidade que ninguém escolhe ou domina.
E terceiro, e esse talvez seja o ponto mais delicado, a ideia de que eu preciso saber a diferença entre uma situação e outra – quando aceitar e quando transformar – esconde a fantasia de uma escolha certa.

A escolha certa.
E por trás da fantasia da escolha certa está escondida uma fantasia ainda mais insistente: a de que pode existir uma vida perfeita.
A vida perfeita.

E dessa fantasia é sempre mais difícil de se afastar.
Mas, afinal, existe uma maneira de se orientar melhor na vida e aprender a enfrentar os desafios que conseguimos enfrentar ao invés de despedaçarmos anos das nossas vidas em batalhas impossíveis?
O salva-vidas de hoje foi sobre isso.

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